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DAY 2 MITA 23 com Florence + The Machine, Haim, Sabrina Carpenter, NX Zero e outras atrações no Jockey do Rio

O DAY 2 do MITA no Rio começou cedo pra mim, fui logo no início para poder conhecer de perto as ativações dos patrocinadores, que vai virar uma outra matéria exclusiva por aqui, aproveitando que o público em peso chegaria mais tarde. E preciso te contar que o quanto nós que estamos cobrindo o evento andamos não é brincadeira. Atravessar todos os palcos, andar pelo Pião do Prado, ir e vir da Sala de Imprensa atravessando a passagem subterrânea. Tudo em prol de trazer para nossas respectivas audiências o melhor conteúdo sobre o Festival e it takes a village, são muitas pessoas envolvidas apenas nisso: fotógrafos, videomakers, assistentes, repórteres, assessores de imprensa, além de todo o staff que fornece o catering, faz limpeza dos ambientes, dos banheiros, pessoal da portaria para checar credenciais, segurança… ufa. E isso é só relacionado à imprensa. A cada hora chega uma nova informação, corremos de um palco pro outro, participamos de entrevistas com artistas no backstage, falamos com equipes de marketing dos patrocinadores, pedimos e recebemos releases. E nesse meio tempo temos que organizar nosso próprio material, fazer gestão do nosso tempo, recarregar celular, gravadores e baterias, postar, legendar, solicitar fotos, criar narrativas, anotar comentários, assistir aos shows, prestar atenção em momentos marcantes que podem gerar pautas e aspas e ainda pescar informações no ar que podem ser ganchos de matérias.

Há muito tempo eu não estava tão conectado com o Rodrigo colunista, como estive nos últimos dez dias: só na semana passada eu escrevi doze novas matérias, enquanto fazia todas as outras coisas que eu faço, visitei eventos, organizei minha vinda ao Rio, fiz inúmeras reuniões, mandei perguntas para entrevistas e matérias. Tudo isso pra entregar o melhor para quem lê o que escrevo e manter você que tá aqui, interessado no que escrevo e no meu olhar.

créditos @gabrielsiqueira

Feita essa introdução, vou contar mais do DAY 2 do MITA que foi bem interessante no ponto de vista da curadoria dos artistas, eles tinham conexões muito claras entre si, o que faz naturalmente uma seleção de fãs que tem gostos similares, como por exemplo juntar Sabrina Carpenter, HAIM e Florence + The Machine no mesmo dia é um sonho realizado e as três apresentações tiveram uma coisa em comum: foram totalmente carismáticas com o público e estavam honradas de estar no Brasil, o que gerou conexões emocionais imediatas com todos que estavam assistindo. Foram shows felizes, emocionantes, divertidos, cheios de pequenas conversas, anedotas e piadas com a audiência.

E a vibe positiva, leve e de felicidade que comentei na matéria sobre o DAY 1 continuou, realmente o MITA junta um público muito diferenciado, que está feliz em fazer parte desse universo. E mais uma vez a interação com os atendentes dos bares e restaurantes, equipes de limpeza e segurança, foi sensacional. Eles pareciam felizes em fazer parte daquele ambiente e quando o visitante está se sentindo bem tratado, isso retorna em mais consumo, em mais registros e em mais feedbacks positivos. Com todos que conversei durante esses dois dias ficou claro que não existem reclamações sobre o Festival. Ninguém pontuou nada como um ponto de melhoria. Estavam satisfeitíssimos com o MITA e por isso, toda a produção e todos que trabalharam no Festival direta ou indiretamente merecem todos os elogios. E eu estou aqui fazendo questão de pontuar isso, porque a complexidade de um evento desse tamanho tem tantas possibilidades de dar errado, tem tantas chances de ter desconexão entre a produção geral e quem está na ponta executando os serviços e interagindo com o público e isso não aconteceu. Não tenho dúvidas que o MITA terá uma vida longa no rol dos grandes festivais brasileiros. É só manter esse padrão.

créditos @arielmartini
créditos foto anterior e foto atual @biazvedo

Agora que eu já apresentei a vibe do DAY 2, vamos às apresentações?

Jean Tassy & Yago O Proprio abriram o segundo dia do MITA no Palco Deezer – créditos @biazvedo

Carol Biazin foi a primeira a se apresentar no Palco Corcovado e levou seus melhores hits para o MITA, ela ainda fez uma homenagem à Cassia Eller com seu cover de “Malandragem” e fez um show contagiante – créditos @arielmartini.

A primeira atração internacional do DAY 2 do MITA foi a Sabrina Carpenter, que retornou ao Brasil pela primeira vez desde 2018 e fez um show incrível com seus poderosos vocais e encantou a todos com sua delicadeza e gentileza com a plateia – créditos @biazvedo
Com hits como “Tornado Warnings“, “Vicious“, “Sue Me” e “Nonsense” ela agradou seus fãs (me incluo aqui no seu fandom, ouço suas músicas direto) e também se apresentou ao público do Festival que de repente não era familiarizado com seu trabalho, contando que suas músicas vêm das suas experiências pessoais e aproveitou para questionar as polêmicas que a envolvem sempre e as regras que esperam que ela siga apenas com 24 anos, mas que esperam que ela com tão pouca idade já tenha a experiência de alguém com 40 anos. Essa pressão sobre os artistas não é de hoje e essa nova geração aproveita a plataforma que tem para falar de assuntos como saúde mental, desmistificar o glamour que vivem, que é cheio de exigências, e isso é ótimo – – créditos @biazvedo
Hora cantando e dançando, hora cantando e tocando, Sabrina foi nos apresentando seu universo romântico e um dos pontos altos para todos que estavam assistindo foi o cover de “The Sweet Escape” de Gwen Stefani e Akon que ela performou lindamente – créditos @biazvedo

Scracho subiu ao Palco Corcovado no meio da tarde acompanhado de Baia e arrastou uma multidão – créditos @arielmartini

Os integrantes do NX Zero se reuniram no Palco Deezer do MITA com a estreia da turnê “Cedo ou Tarde” e seus fãs foram à loucura depois de um hiato de cinco anos sem shows – créditos @biazvedo
Durante o anoitecer foi a vez das irmãs HAIM levarem seus talentos musicais para o Palco Corcovado do MITA e olha, na primeira vez no Brasil elas não decepcionaram. Com biquínis estampados com a nossa bandeira, muita interação com a audiência, várias piadas e até “Ilariê” da Xuxa, o primeiro show delas em território brasileiro entrou pra história, com certeza foi um dos melhores shows que já assisti – créditos @arielmartini
O que me impressionou foi a destreza com tantos instrumentos musicais que eram mudados a todo tempo de acordo com a música, elas super coordenadas sabiam utilizar as transições entre as músicas e nos presentearam com uma energia avassaladora, elas se entregam por completo para audiência e se divertem fazendo o que fazem. São completamente performáticas e queridas, não é à toa que elas são melhores amigas da Taylor Swift – créditos @arielmartini
A Este com certeza é a mais engraçada das irmãs e fez cada momento no palco valer com sua empolgação, caretas e muitos comentários engraçados e vulgares. Até a paixão e o sonho de conhecer a Xuxa ela compartilhou na noite de ontem, foi presenteada com uma camisa da rainha dos baixinhos por uma fã e perguntou qual seria o melhor lugar para ela ir às 03 da manhã depois do show e recebeu um coro gritando “Lapa” em resposta – créditos @arielmartini
The Mars Volta foi a última banda a se apresentar no palco Deezer e foi muito elogiada por quem assistiu o show – créditos @biazvedo
Transcendental: Florence Welch descalça, com seu característico vestido fluido, parecia uma fada e conduziu o último show do MITA para um espaço de contemplação e de conexão absurdamente emocional com toda a plateia. Desde pedir para que todos guardassem o celular para que quem estivesse assistindo a transmissão ao vivo se sentisse em um show dos anos 90 até salientar a importância de viver aquele momento, dançar, pular, cantar… foi realmente uma apresentação emocionante – créditos @arielmartini
É difícil explicar a energia vital que parece que me preencheu durante o show, eu saí emocionado, feliz e extremamente contemplativo, agradecido por ter vivido aquele momento com tantas pessoas que eu nem conheço. Foi como se uma chave tivesse virado e eu me sentisse mais presente do que nunca no meu corpo, na minha mente, na direção da minha vida. Surreal – créditos @arielmartini
Com todos que conversei depois do show, inclusive via direct, todos me falaram que sentiram coisas parecidas depois de sair de um show dela. É uma coisa meio mítica que entra num espaço de abstração, sei lá, surreal, realmente espetacular – créditos @arielmartini
Com essa foto, eu termino a cobertura do DAY 2 do MITA, agradecido pela oportunidade de compartilhar com todos vocês os highlights desse domingo. Um beijo, Florence! Eu te amo!

Rodrigo Santiago

Rodrigo Santiago

Carioca, mas cosmopolita. Adora traduzir tendências, comportamentos e movimentos através dos seus textos. Adora mergulhar em iniciativas inovadoras e em experiências originais. Adora compartilhar os insights que têm através do seu olhar e conectar pontos não-óbvios, dando mais robustez ao que escreve. Está disponível para cobrir seu evento ou experiência assinando matérias autorais e branded content. Faça uma cotação através da página de contato.