Quinta à noite e o espaço de eventos do Fairmont Rio lotado de empresários ávidos por novos negócios, inovação e tecnologia. Esse era o papo central em cada roda de conversa, alguns falavam da política e de quem a exerce, outros dos novos contratos fechados e das oportunidades do respectivo setor, um grupo discutia sobre motivação e engajamento do seu time e outros usavam aquele momento pra networking e apresentações.
Dava para perceber que o clima estava muito positivo e que a expectativa dos convidados era grande, já que a primeira edição do Rio Innovation Week rendeu cerca de R$ 300 milhões em negócios, recebeu 1500 startups, contou com 200 expositores e contabilizou um total de 48 mil visitantes nos seus quatro dias. Além disso, a hashtag do evento foi utilizada 60 mil vezes e o evento gerou um ROI de R$ 165 milhões em mídia espontânea.
Nitidamente, um grande esforço e um alto investimento que rendeu muitos frutos aos participantes, expositores, parceiros, apoiadores, palestrantes e patrocinadores. Nem tenho coragem de falar aqui em “uma aposta que deu certo”, já que a sorte foi apenas fruto do planejamento de meses, de muitas articulações com o poder público e da utilização de relacionamentos já construídos pelos sócios. Eles colocaram em prática um projeto audacioso e essa segunda edição vem concretizar e colocar de vez o Rio Innovation Week no calendário de eventos carioca.
Não é à toa que já se tornou o maior evento de tecnologia e inovação da América Latina e como prometeu Camila Farani, nova embaixadora e sócia do evento “Vocês podem esperar o melhor evento de inovação e de tecnologia do mundo”. Segundo Camila, “A tecnologia impacta no Brasil aproximadamente US$ 3,9 trilhões, tecnologia é ferramenta e que o movimento tecnológico ainda está em uma curva de introdução de uma certa forma. O RIW veio então para trazer para o maior número de pessoas a tecnologia.”
O Rio sempre foi um expoente em vários setores da economia: nossa veia criativa e cultural é reconhecida mundialmente, nossa hospitalidade e nossa maneira de receber é estudada em cursos de turismo de todo o país, nossa vocação pro entretenimento é inegável com o maior espetáculo da terra que é nosso Carnaval, nossos bares e restaurantes servem o que há de melhor em comida de boteco, nossa moda é vibrante e icônica e lança tendências que reverberam pelo mundo todo.
Então por que não se tornar também um polo de inovação e tecnologia? Por que não reunir o que há de mais inovador no Píer Mauá em novembro e apresentar a quem se interessar maneiras de incorporar ferramentas e tecnologias que facilitem o dia a dia ou acelerem afazeres?
Afinal, qual o legado que estamos construindo?
Seguimos inspirando e motivando ou tolindo nosso criadores e inventores? Temos um ambiente que propicia esse conhecimento a florescer?
Não é nosso dever apresentar boas práticas, compartilhar insights e democratizar informações que podem mudar vidas e realidades?
“São Paulo é mais hardware, o Rio sempre foi mais software”, com essa analogia mais clara impossível, o prefeito Eduardo Paes faz um chamado: a vocação do Rio para criar o futuro que quiser. E esse futuro está nas nossas mãos e se o poder público colocar essa vontade em prática com apoio da iniciativa privada nós conseguiremos posicionar nossa cidade como um dos principais destinos mundiais, sem esquecer da nossa essência e das características que fazem da nossa cidade inesquecível para quem visita e para quem mora.
Com a mudança para o Píer Mauá, o RIW terá à sua disposição 50 mil metros quadrados para criar seu próprio Palo Alto, uma comunidade inovadora e tecnológica – pelo menos de 8 a 11 de novembro -, com 24 arenas de conhecimento que servirão como hubs inspiracionais dos principais segmentos da economia e que abrigarão palestras e expositores direcionadas aos visitantes. Inclusive, dessa vez todos os palestrantes confirmados estarão presencialmente nos palcos, uma mudança nessa edição que vai valorizar ainda mais o evento, já que o contato presencial e a energia da plateia fazem toda diferença para o que eles estão propondo de experiência.
As arenas são: FoodTechs, RIW LawTechs, Music Forward, Farani Stage RIW, Conecta – Inovação e Tecnologia para o Varejo, SDP Summit – Inovação Aberta, AgroRiw Tech, Health Tech, Turistech Zone – O Turismo do Futuro, Futuro – O Futuro das Profissões, RIW Pop & Tech – Inovação a Favor da Cultura, Vila da Ciência, Growth Machine – Estratégia de Vendas, Sociedade 5.0, Journey – Marketing Digital, Clean Up The World – Educação para um Ambiente Mais Limpo, Arena HUB – Inovação no Esporte, Arena Games, Impact HUB Brasil, MIT Innovative Workplaces, Palco do Conhecimento, FinTech, Investors Day, Cities of Tomorrow.
A agenda vai reunir mais de 700 palestrantes, mais de 200 empresas expositoras, pitch de startups, debates sobre o futuro de diferentes segmentos que movem a economia e indicam o comportamento da sociedade.
Entre os key speakers confirmados estão Steve Forbes, presidente e editor da publicação Forbes; o publicitário Nizan Guanaes; Bruce Dickinson, vocalista do Iron Maiden; Dan Cockerel, que foi VP da Disney World; Spike Lee, cineasta; Camila Farani, presidente da G2 Capital, investidora e empreendedora; Steve Blank, empreendedor do Vale do Silício; Bianca “Boca Rosa”, empresária e influenciadora digital; e Aaron Ross, autor do livro “Receita Previsível”.
O Rio Innovation Week trará para o mesmo espaço diversos segmentos de mercado que hoje tem seu futuro baseado na inovação e tecnologia. Essa integração e complementaridade é um importante ativo do RIW. O público do evento é também composto por profissionais de diferentes posições, incluindo iniciativa privada, Academia, governo, empreendedores, investidores, instituições de pesquisa e profissionais especializados.
Como carioca posso afirmar que saí de lá com o otimismo renovado e que eu estarei lá todos os dias, inclusive os ingressos para o Rio Innovation Week – Píer Mauá 2022 começaram a ser vendidos a partir de ontem, pela plataforma Sympla. O evento é realizado por Base Produções, LER Cultural e Sai do Papel.
